terça-feira, 10 de agosto de 2010

Unidade 2: Atividade 4 - Planejando Aula com Hipertexto ou Internet

Professora: Maria Marcilene Vieira de Jesus Pereira
Série: 1º ano do Ensino Médio Disciplina: Arte

ARTE

INTRODUÇÃO

 A proposta de conhecimentos em arte, tem como objetivo incluir no currículo as diversas propostas sugeridas e que a muito eram reivindicadas pelos professores da área. Com este propósito, discutiremos os seguintes temas:

1) Revisão histórica

 Este tópico consiste na apresentação das principais tendências pedagógicas, desde a visão tradicional até as vertentes contemporâneas, contemplando pressupostos teóricos e propostas didáticas relativas às diversas linguagens artísticas: música, teatro, dança, artes visuais e audiovisuais.

2) Arte, linguagem e aprendizagem significativa

 Conforme a Lei n. 5.962/71, a arte integra a área de linguagem, códigos e suas tecnologias. Por esta razão, são discutidas neste tópico, as implicações da relação da arte e sua a área de atuação, destacando-se dois grandes vetores: o campo abrangente das diversas manifestações da linguagem e o universo específico da arte:

 No primeiro vetor é salientada a dimensão simbólica e estética do ser humano: estudos sobre a linguagem visual, sonora, corporal e também verbal, abordam aspectos da cultura no cotidiano.
 No segundo vetor é destacada a especificidade da experiência simbólica e estética da arte por meio da cultura narrativa.

3) Experiências didáticas nas diversas linguagens

 Aqui são discutidas múltiplas possibilidades do trabalho na sala de aula. Para explorar a articulação dos aspectos formais do currículo são apresentados exemplos de atividades didáticas, já desenvolvidas por professores em cada uma das quatro linguagens artísticas.

4) Proposições

 Nesta seção, são levantadas as principais propostas e reivindicações dos professores de arte da Federação das Artes Educadores do Brasil (Faeb), Associação de Educação Musical (Abem) e a Associação Brasileira de Artes Cênicas (Abrace). São destacados:

 A importância da formação em nível superior de professores especialistas em cada uma das linguagens artísticas e sua atuação nas escolas de nível fundamental e médio de acordo com sua qualificação.
 A importância da implementação de uma política de avaliação contínua e propositiva de documentos que apresentem as devidas propostas e possíveis soluções de divergências curriculares.

5) Referências bibliográficas

 Neste ultimo tópico apresenta-se indicações de fontes de conhecimento para professores e pesquisadores sobre arte, educação, ensino de arte e trabalho metodológico.
1) Revisão Histórica


Como o ensino de arte se inscreve no contexto escolar?

 As iniciativas no conhecimento de Artes foram criadas de acordo com demandas diversificadas. Algumas dominaram o ensino de artes durante um determinado tempo outras apenas se colocaram como possibilidades e alternativas, mas no conjunto, essas iniciativas formam o corpus de conhecimento pedagógico acumulado na área de ensino de arte.

Pedagogia Tradicional

 Na pedagogia tradicional a arte apresenta hierarquia de conteúdo em relação ao seu público-alvo. As artes eram estudadas em academias de belas artes e em conservatórios de música. Enquanto isso, no ensino regular existia “as cadeiras” de Desenho, Ginástica e de Música; nesse período o desenho orientava-se pela cópia. A pedagogia tradicional atravessou um longo período nas dimensões do ensino de artes.
 Surgiram naquela época propostas de que a arte se transformasse em atividades extracurriculares; posteriormente integrada ao currículo para expressar e fixar conteúdos de outras matérias.
 Aprender música era considerado apenas decodificar uma partitura musical de modo mecânico sem nenhuma expressividade. As artes cênicas eram valorizadas na escola apenas em datas festivas, mediante apresentações de peças, visando o desenvolvimento de valores cívicos e morais.
 A dança não apresentava nenhuma proposta pedagógica aplicada. Na verdade era apresentada como atividade corporal ligada equivocadamente à Educação Física por meio da ginástica, indicando uma preocupação com higiene e disciplina dos alunos.

Escola Nova


 Na escola nova o ensino está centralizado no aluno, sendo a arte utilizada para liberação emocional, o desenvolvimento da criatividade e do espírito experimental na livre solução de problemas. Por esta razão, valorizava a pesquisa sobre a arte da criança centrada em estudiosos como Piaget. O ensino de Arte no período da escola nova passa a ser concebido baseado na interdisciplinaridade.
 As influências de Antônio Sá Pereira e Liddy F. Mignone no final de 1930, propuseram uma iniciação na música. Vários campos se abrem para as artes com a criação de cursos de artes cênicas a partir de 1939. Na dança, a Universidade da Bahia cria em 1956 o primeiro curso de Dança Superior no Brasil.
 Em suma a escola nova valorizou o aspecto afetivo e psicológico do aluno, mas desconsiderou o aspecto sociocultural e político. Foi criticada ainda por negar o saber sistematizado e o acesso à tradição artística a fim de preservar a inocência criativa das crianças.

Pedagogia Crítica
 E uma vertente voltada para uma aprendizagem contextualizada e para a critica político-ideológica dos conteúdos da escolarização. Fundamentada na teoria crítica e nas idéias de Paulo Freire, a escola nova buscou dar ênfase aos conteúdos histórico-sociais, valorizando conhecimentos e processos de aprendizagem pautados na cultura local (popular) e o repertório de saberes do estudante. Acontece aqui, no entanto, um reducionismo: uma negação das formas eruditas de arte e da cultura, consideradas elitistas.

Tecnicismo

 A proposta tecnicista era enfatizar o estudo programado e o uso de meios audiovisuais e do livro didático. Uma das principais características dessa tendência é o formalismo e o uso dos recursos tecnológicos de maneira descontextualizada. Hoje essa tendência é largamente retomada na educação, em relação ao acesso a informática e internet, mas deve-se procurar evitar erros de reducionismos do passado.

Sistematizações e conceituais e metodológicas

 A década de 80 é marcada pela organização dos arte-educadores, pela criação e pelo fortalecimento de associações de professores e pesquisadores. O conhecimento em arte passa agora a ser mais sistematizado, devido à criação de linhas de pesquisa e aprimoramento dos professores, por meio de cursos e pós-graduação. Experiências na música, dança e artes cênicas merecem atenção, agora os valores artísticos são gerados pela consciência corporal do movimento e da improvisação musical (executar e experimentar), e pela estética na arte visual.

Diversidade e pluralidade cultural

 O ideário sobre o ensino de arte contempla as diferenças de raça, etnia religião, classe social, gênero, opções sexuais e um olhar mais sistemático sobre outras culturas, considerando ainda aspectos da educação especial, tomando o alunos portador de necessidades especiais. No Brasil, surgem legislações que visam garantir a presença de conteúdos curriculares ligados à cultura afro-brasileira e indígena, além de reservas de vagas (cotas) para populações historicamente discriminadas ou portadores de necessidades especiais.

Cotidiano e Mídias

 Novas vertentes no ensino de artes surgem no cenário pedagógico e a imprimem um caráter transdisciplinar, de forma a assumir discussões sobre as diferenças conceituais entre arte e cultura; essa perspectiva deriva da influência dos meios de comunicação na criação dos hábitos de consumo, padrões de status e estilos de vida domestica e familiar, bem como a mudança no papel da mulher e de grupos minoritários.



Site para Pesquisa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_arte
http://www.artesbr.hpg.ig.com.br/Educacao/11/index_hpg.html
http://www.historiadaarte.com.br/

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